Peraí, camarada, mais respeito é bom e a cidade gosta

Quem não tem culhão?
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Em apenas 90 dias de atividades - vale lembrar que em apenas dois dias por semana eles se reúnem no plenário - a Câmara de Ilhéus envergonha a cidade. Tem de tudo. E cada dia que passa reforça a máxima de que, a cada legislatura, o poder piora em Ilhéus. O nível é estarrecedor.

A diferença se comparada ao Congresso Nacional do palhaço Tiririca é que a Câmara Tupiniquim nos faz é chorar compulsivamente. E não há uma luz no fim do túnel.

O último capítulo simboliza a baixaria e o despreparo dos nossos representantes. Mas é apenas mais um capítulo. Alguns, de triste memória, já se foram. Outros, virão.

Os termos usados pelo vereador Nerival, do PCdoB, em tempos mais sérios o tirariam do plenário e os seus pares lhe arrancariam o mandato.

"Meus culhões", "Minha caceta", "viado", são algumas das expressões usadas em plenário (sim, para todo mundo ouvir) pelo vereador para demonstrar sua indignação com "a qualidade da Câmara". E completa: "aqui a gente fala o que quer".

O vereador, muito provavelmente, confunda o espaço público com a intimidade de sua casa, onde as pessoas devam estar já acostumadas com a sua forma de ver o mundo.

A questão é que o povo de Ilhéus não pode aplaudir atitudes como esta. Mais que isso: é preciso combater a baixaria, o despreparo e o desrespeito. Em todas as instâncias.

A titubeante presidência da Câmara precisa se manifestar. 

O povo de Ilhéus exige respeito e quer uma resposta à altura da importância do Poder Legislativo.

PS: Pedimos desculpas ao leitor pelas expressões usadas neste texto. Mas resolvemos publicá-las na íntegra para que todos tenham noção de como anda a nossa representação parlamentar. Se a Câmara representa o perfil de nossa sociedade, vamos cuidar mais de nós. Pelo amor de Deus!